segunda-feira, 18 de junho de 2007

AMOR SEM LIMITES

Não há idade para o sexo, homens e mulheres saudáveis podem se manter sexualmente ativos por toda a vida. Segundo os especialistas, o preconceito e a falta de informação atrapalham o desenvolvimento da sexualidade na terceira idade. Há mudanças físicas, sim, mas elas não são as responsáveis pelo fim da intimidade entre o casal. Segundo o sexólogo Marco Antônio de Vilhena, as principais barreiras são de caráter sociocultural, e surgem com a idéia de que o sexo é privilégio dos mais jovens e que não pode fazer parte da idade madura.



http://www.serasa.com.br/guiaidoso/75.htm



A função sexual envolve processos biológicos básicos que se iniciam desde a infância, prosseguem na maturidade e continuam por toda a vida, variando de acordo com valores culturais, conceitos de masculinidade e de feminilidade e tabus sobre comportamento sexual. Aspectos psicológicos e emocionais também afetam de maneira acentuada o comportamento sexual dos indivíduos.

Para algumas mulheres, a menopausa é um período de problemas psicológicos em que o fato de não poder mais gerar filhos propicia sentimento de desvalorização pessoal. Outras mulheres, entretanto, descobrem a sensação de liberdade nesta fase. Já os homens não sofrem com a diminuição da fertilidade tão bruscamente, visto que alguns deles têm filhos depois dos setenta, oitenta anos. Mas o homem pode experimentar crises emocionais que se refletem no seu vigor sexual. O homem idoso não perde a sua função sexual, a idéia de uma terceira idade assexuada é um mito.

Com o avanço da idade há uma tendência à diminuição na freqüência das relações sexuais. Segundo a ginecologista Adriana Kano, após a menopausa a mulher pode apresentar problemas sexuais, como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual. “ Esses distúrbio podem ser corrigidos ou amenizados com o uso de medicação apropriada”, explica a médica. Ela afirma, também, que o homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas na grande maioria das vezes a impotência se deve a fatores emocionais. A utilização de determinados medicamentos, como anti-hipertensivos, tranqüilizantes, álcool e fumo também podem diminuir a potência sexual.


http://static.flickr.com/28/61571415_e7cb13f7e6.jpg

Os aspectos psicológicos decorrentes de alguma doença são aspectos que também levam à impotência. A velhice pode constituir por si só uma causa da impotência e pode gerar depressão, ansiedade e angústia. A impotência atinge profundamente o homem gerando baixa auto-estima e infelicidade. Toda situação de impotência deve ser avaliada clinicamente, com destaque para aspectos circulatórios e urológicos. Os cuidados psicológicos são fundamentais e devem estar sempre presentes.

Tanto o homem quanto a mulher continuam a apreciar as relações sexuais durante a terceira idade.As alterações que ocorrem na mulher, como a secura da vagina, ou no homem, como a diminuição no tempo de ereção ou a diminuição da fase de excitação para ambos, não são fatores que chegam a prejudicar o prazer sexual. O prazer sexual é determinado principalmente por uma boa adaptação sexual. A atividade sexual em qualquer idade é demonstração de um estado de boa saúde tanto física como mental. É claro que as necessidades sexuais do idoso são diferentes das do jovem, pois as pessoas mais velhas vivem outro momento da vida, prezam mais a intimidade com seu companheiro ou companheira do que, por exemplo, a freqüência das relações sexuais.

O sexo entre pessoas mais velhas é muito natural e importantíssimo para manter a qualidade de vida. Não há contra-indicações. “Além da satisfação física, o sexo na terceira idade reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa é valiosa para a outra. O sexo é acompanhado de valores muito importantes para o idoso, como a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho e o amor”, afirma a Drª Adriana.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Estou grávida. E agora?




Menstruação atrasada, ausente ou diferente? É... você pode estar grávida.



foto: Gerusa Lima





Diante de um exame positivo, insegurança e dúvidas são muito comuns, principalmente se tratando de uma gravidez inesperada. O organismo da mulher passa por nove meses de inúmeras modificações físicas e psicológicas, e por isso, ela deve se preparar para essas mudanças.



Sentimentos de dúvidas, medos, anseios e de felicidade são as palavras-chaves do que acontece com a mulher assim que ela confirma sua gravidez. E se for a primeira então, tudo isso vem em dobro. Afinal, o instinto de mãe da mulher é aflorado desde muito cedo, quando ela ainda brinca de bonecas, de casinha e vai construindo para si um mundo em que pensa viver um dia. De repente, ver que todo aquele sonho está se tornando real, faz com que mulheres do mundo inteiro se confundam com as novas sensações e acabem encarando a primeira gravidez como uma situação que mescla momentos de tensão e euforia.




Porém, não há nada mais normal do que estas oscilações de humor. O início de uma gestação pode trazer situações diferenciadas para cada mulher, mas ficar sensível e se emocionar com facilidade são características marcantes de uma gestante inicial. Segundo a obstetra Bárbara Rezende, é importante que a paciente e o médico estabeleçam uma relação de confiança durante este período para que todos se sintam seguros e confortáveis com as novas mudanças que estão acontecendo.



Ainda que a gravidez seja considerada um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher, quando ela não é planejada e se está solteira o quadro pode se modificar. Foi o caso de Juliana Alvim que engravidou aos 22 anos, quando concluía a faculdade de Farmácia. “Eu vivia um momento de crise, pois estava terminando minha faculdade e meu único foco era minha carreira. Esperava uma contratação na empresa em que estagiava e de repente descobri que tinha engravidado do meu namorado. Foi um pesadelo”, conta ela. Juliana concluiu a universidade e teve de abandonar o estágio. Teve o apoio da família e hoje, o que para ela era um pesadelo, se tornou um sonho. “O filho Guilherme, de dois anos, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida”, diz “Quando somos mães temos que abrir mão de muita coisa. Minha mãe sempre me disse isso, mas fui inconseqüente e hoje pago por isso”.



E por falar em mudanças, qual mulher não se preocupa com as transformações que seu corpo terá durante os próximos nove meses? “Todos os dias eu me olhava no espelho e achava que estava diferente de ontem. Parece que sempre que eu me via, encontrava uma coisa nova”, diz a arquiteta Nara Silva, mãe do pequeno Gabriel, de 8 meses. E ela não está errada. Embora as transformações sejam pequenas nos primeiros três meses de gestação, já é possível perceber um volume maior nas mamas e uma lubrificação vaginal mais acentuada. Entre a 20ª e 24ª semana de gestação outras mudanças começam a acontecer na vida da mulher. Isso porque, neste período, quase sempre já se pode descobrir o sexo da criança e também é quando a mamãe começa a sentir ela se mexer. Náuseas e desejos de comer doce também são sensações extremamente comuns à grávida, já que nestes nove meses os hormônios femininos trabalham a mil.



Segundo Bárbara, a mulher só deve realmente se preocupar quando sentir dores muito fortes na barriga e quando houver sangramento. “Às vezes o sangramento é um sinal de alerta e nem há nada de muito complicado a ser resolvido. Mas sempre que ele aparecer, o médico deverá ser avisado imediatamente”, diz. Tendo todas estas considerações em vista, resta à futura mamãe curtir cada minuto deste momento mágico que é esperar um filho. Arrumar suas roupinhas, cuidar do visual, visitar o médico regularmente e contar com o imprescindível apoio da família, só tendem a fazer muito bem e tornar cada vez mais este conto de fadas em realidade. Cada gestação é um momento único na vida de uma mulher. Seja no primeiro, segundo ou terceiro filho. E nada melhor do que aproveitar de forma saudável e segura essa fase especial.



http://www.sopape.com.br/SPP%20SociedadeParaense%20de%20Pediatria_arquivos/gravidez.htm

terça-feira, 5 de junho de 2007

BICHO DE SETE CABEÇAS






Nervos à flor da pele, ansiedade, sensibilidade ao toque ou ruído mais sutis e vontade de chorar por qualquer coisa. Pois é, quando os primeiros sintomas da temida tensão pré-menstrual (TPM) começam, as mulheres vão às raias da loucura. Também chamada de desordem disfórica pré-menstrual, a TPM atinge cerca de 75% das mulheres, sendo que apenas 8% apresentam os sintomas mais intensos.



Pensando nesse filão, o laboratório Bayer Schering Ag, criou a pílula anticoncepcional YAZ, com baixa dose hormonal e grande eficácia no combate a TPM. A nova pílula contém Drospirenona, uma substância que equilibra os efeitos dos estrogênios de forma semelhante à progesterona, hormônio naturalmente produzido pela mulher. O contraceptivo também promete auxiliar na manutenção do peso, reduzir o inchaço das mamas e melhorar a pele (principalmente na acne) e os cabelos.



A pesquisa desenvolvida pelo laboratório atestou que 48% das pacientes tiveram os sintomas da TPM reduzidos. A auxiliar administrativa, Letícia Amorim, está ansiosa pelo lançamento da pílula no mercado brasileiro. "Independentemente da expectativa de valor beirar o R$50, eu não me importo. Pago o preço que for pra me livrar desse desconforto que a TPM causa".



Ficou entusiasmada? A ginecologista, Drª Leila Adesse, acredita que a pílula pode sim favorecer as mulheres que sofrem com os sintomas da TPM. "Hoje em dia, as mulheres já podem contar com um arsenal de medicamentos que antes não existiam. Desde um analgésico comum, aos antiespasmódicos ou às pílulas com dosagens diferenciadas de hormônio. É um grande avanço comparado à situação em que suas mães e avós viviam, quando a TPM era tida como frescura de mulher", diz a médica.


Enquanto isso, a ginecologista e obstetra, Drª Carla Paschoal prevê o novo contraceptivo tem suas ressalvas. "Não se pode esperar que um anticoncepcional resolva milagrosamente os desconfortos da TPM. É fundamental que a paciente tenha um estilo de vida consciente, sem excessos. Afinal de contas, o mal-estar que antecede os dias de menstruação é também um reflexo das atitudes que tomamos nos outros dias do mês". A Drª Carla diz que a TPM não deve ser caracterizada como doença grave e que uma dieta regular, rica em cálcio e pobre em gorduras, açúcar, cafeína e sal; não fumar e a prática regular de exercícios físicos auxiliam na prevenção e tratamento da TPM.


Caracterizada a TPM, a mulher deve ficar atenta e não permitir que ela interfira em sua vida. Caso isso aconteça, é sinal de que cuidados redobrados devem ser tomados, e que um especialista deve ser procurado. Afinal de contas, a menstruação deve vir todos os meses, a TPM não.




* * *



A TPM é uma disfunção hormonal, caracterizada pela queda considerável do hormônio progesterona na quarta semana do ciclo menstrual, que pode causar variações no comportamento da mulher. A medicina diagnostica a TPM quando a mulher apresenta um sintoma físico e um emocional durante três ciclos consecutivos. Entre os 45 e os 50 anos, quando a menopausa se aproxima, com a interrupção da menstruação, os sintomas da TPM costumam ser mais intensos.




Sintomas físicos - fadiga, dor de cabeça, inchaço dos pés e das mãos, dor nas mamas, distensão abdominal, cólicas, alteração do apetite, alteração de sono, dor nas articulações e nos músculos.

Sintomas emocionais - irritabilidade, depressão ou desespero, ansiedade e tensão, tristeza repentina, choro, raiva e fúria, oscilações súbitas de humor, dificuldade de concentração, baixa auto-estima, desinteresse nas atividades habituais e falta de energia.



segunda-feira, 28 de maio de 2007

SÓ PARA MULHERES!

Se, ao longo dos anos, as mulheres foram à luta pela igualdade entre os sexos, isso não impediu que levantassem uma bandeira também pelos espaço privilegiados para o público feminino. Uma contradição?


A variedade de espaços exclusivos para o público feminino cresce a cada dia, nas academias, nos meios de transporte e até nas sex shops....


As academias só para mulheres, por exemplo, representam um setor em expansão. Com equipamentos desenvolvidos especialmente para elas, onde até os profissionais são do sexo feminino, atinge a marca de 8 mil unidades espalhadas por 17 países do planeta, contatando com mais 4 milhões de sócias nos Estados Unidos, Canadá, Europa, América do Sul, Caribe, México, Austrália e Nova Zelândia, segundo a academia Curves.







As freqüentadoras se dizem satisfeitas, ponderando que numa academia convencional não se sentam à vontade, pois a concorrência é muito grande, várias alunas passam mais de duas horas malhando e se incomodam com os olhares dos homens. “Eu acordo super cedo, coloco qualquer roupa que tenho para malhar, não quero ir linda para academia, quero é que o resultado me deixe uma princesa”, confessa Ana Paula Freitas, aluna da Curves, em Copacabana.



A estudante de medicina Jaqueline Avelino, de 24 anos, que freqüenta uma “academia feminina” na Tijuca, concorda. “Nas academias normais, sempre tem algum homem reparando em você. Sem contar o exibicionismo. Aqui, são só 30 minutos de aula, nem dá tempo para bater papo e reparar em ninguém”, observa.

Segundo a revista americana Entrepreneur, a franquia de academias restritas ao público feminino é que mais cresce no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe uma para cada dois McDonald's. A informação já entrou no Livro dos recordes como “A maior franquia de fitness do mundo”.



Também no transporte, as mulheres contam com espaços especiais. No Rio de Janeiro, há uma lei que determina que de manhã e à noite, trens e metrô devem destinar um vagão só às mulheres, devido a inúmeras reclamações de abusos cometidos pelos homens. Todos os dias 400 mil pessoas viajam nos trens da Central do Brasil e 500 mil usam o metrô. Nas horas de maior movimento, empurra-empurra, vagões lotados e muita gente em pé, as mulheres, que representam 49% dos passageiros, passam por situações difíceis.

Foi pensando em dar mais conforto e tranqüilidade para as passageiras que a Assembléia Legislativa do Rio aprovou projeto de lei do deputado Jorge Picciani (PMDB) que obriga as concessionárias de trens e metrô a criarem o vagão especial. As que quiserem vão poder continuar a viajar nos vagões mistos “Mais que nos proteger de roçadas indesejadas, estes vagões acabaram por dar um pouco de poder às mulheres. Pelo menos ali, no trem, conseguimos exercer nosso direito”, diz a secretária Ana Luiza Silva, que pega o trem na Central do Brasil, todos os dias às 6 da tarde.



segunda-feira, 7 de maio de 2007

MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

- O 8 de março foi reconhecido pela Unesco como Dia Internacional da Mulher em 1977.
Uma das versões para a origem da data é a da morte, em 1857, de 129 operárias,
queimadas durante manifestação por melhores condições de trabalho, em Nova York



janelanaweb.com



A inserção das mulheres no mercado de trabalho tem aumentado. Pesquisas revelam que, enquanto na década de 70 elas correspondiam a 18% da força de trabalho, hoje já preenchem quase 50% das vagas. As estatísticas refletem as conquistas feministas dos anos 60 a 80, quando as mulheres pleiteavam igualdade de direitos entre os sexos.



Mas as pesquisas pouco revelam sobre as mulheres que desenvolvem a famosa dupla jornada de trabalho: família e profissão. Conciliar cuidados com os filhos, casa, trabalho e vida pessoal é uma atividade muito estressante, especialmente por conta das cobranças da sociedade e do acúmulo de tarefas. O antropólogo Vitor Grunvald argumenta que as políticas de trabalho desenvolvidas para mulheres que têm essas duas obrigações (especialmente no Brasil), não correspondem ao esperado: “Durante o movimento feminista, as mulheres buscavam direitos iguais aos dos homens e acabaram relegando o núcleo familiar a um segundo plano”. Uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas confirmou que as mulheres que trabalham fora dedicam, em média, 28 horas semanais às tarefas domésticas, e os homens 10 horas.




O Gender Gap Index 2006, pesquisa realizada pelo World Economic Forum em 115 países, atestou as disparidades entre homens e mulheres em quatro categorias: saúde, educação, oportunidades econômicas e participação política. Nessa pesquisa o Brasil está na 67ª posição do ranking geral. No concernente à saúde, que considera a expectativa de vida, o Brasil divide a primeira posição com outros doze países. A participação política (mulheres que ocupam cargos parlamentares, ministeriais e de chefe de Estado), deixou o Brasil em 86º. No que diz respeito à educação, ocupa o 72º lugar, em virtude do baixo ingresso de mulheres no ensino primário. Em relação às oportunidades econômicas, está na 63ª posição. Avaliando apenas os salários de homens e mulheres na mesma função o país fica ainda pior, em 98º.




De acordo com Betânia Tanure, pesquisadora da Fundação Dom Cabral (FDC), o modelo de exercício de poder no Brasil ainda é masculino. As mulheres entram no mercado de trabalho de maneira cada vez mais significativa em funções gerenciais, mas sentem uma espécie de teto de vidro que separa a facilidade do ingresso no mercado da dificuldade de ascensão na carreira. "Todas as empresas têm um discurso politicamente correto, afirmam que as mulheres estão avançando muito, que há dez anos não havia o percentual que há hoje, e é verdade. Mas avançar não significa que o preconceito tenha acabado. Ainda existe, sim, uma diferença significativa. Além disso, quanto mais se avança na linha hierárquica, menor é o número de mulheres", avalia.




Entre as executivas ouvidas pela Fundação Dom Cabral, 55% disseram ter sofrido preconceito pelo fato de serem mulheres e afirmaram que têm de ser mais competentes do que os homens para serem escolhidas. Sobre salários, a pesquisadora da FDC atribui parte da diferença ao estilo feminino. Betânia cita o livro "Women Don't Ask: Negotiation and the Gender Divide" (Princeton University Press, ainda não publicado no Brasil), da norte-americana Linda Babcock, que revela que as mulheres negociam menos seus próprios salários do que os homens e, quando decidem negociar, "fixam metas em média 15% menores".





Adriana Ferreira, Diretora de Tecnologia da Informação da Companhia Vale do Rio Doce, se diz acostumada com a situação em que vive: “Era a única mulher em uma turma de 40 pessoas, sou diretora em uma empresa superlativa em um ramo onde homens predominam. Não haveria outra opção a não ser me adaptar”. Adriana concilia as obrigações do trabalho de uma super-executiva ao cuidados de mãe. Com um filho de três anos, ela engrossa o coro das mulheres que buscam desenvolver as duas atividades com perfeição: “Meu trabalho requer grande envolvimento e boa parte do meu tempo, mas tento ajustar minha agenda e busco participar ativamente da vida de meu filho”.




A trocadora de ônibus Carolina Chouin também se vê dividida entre as responsabilidades que a vida lhe impõe: “Saio de casa às 8h da manhã, trabalho até as 18h, estudo à noite e, quando chego em casa, tenho que me preocupar com a roupa que ficou pra lavar, os trabalhos de escola de minha filha e tudo mais que tiver em casa pra fazer. Mas não reclamo. O trabalho é fundamental para minha sobrevivência e de minha família”.




Mesmo com a dificuldade em harmonizar seus compromissos, as mulheres são categóricas ao afirmar que o trabalho é a ferramenta que proporciona estabilidade financeira para suas famílias, logo, é compreensível que ocupe grande espaço em suas vidas. Essa participação no mercado lhes proporciona satisfação e lhes abre novas perspectivas para continuarem buscando oportunidades melhores no mercado através de estudos de qualificação e especialização. É a figura da Amélia desaparecendo e dando lugar à da super mulher, que busca melhor qualidade de vida, de liberdade, sempre visando à transformação e ao exercício de seus direitos, na construção de uma nova trajetória.

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quarta-feira, 18 de abril de 2007

BELEZA COMPRADA

O ritual é sempre o mesmo. Milhares de “desportistas de verão” invadem as academias, de dezembro a março. Mas quando vai chegando o outono e entrando o inverno, todos se rendem aos prazeres terrenos e trocam o “culto ao corpo” pelas delícias de um bom fondue, à frente de uma lareira bem quente, no alto de uma serra aconchegante.



EM BUSCA DO IMEDIATISMO



À procura de uma boa aparência para aqueles que vão admirá-las nas praias, chegam às academias de ginástica e musculação à espera de verdadeiros milagres e buscam os exercícios localizados, com a pretensão de perder todos os quilinhos ganhos nas outras estações, tonificar os músculos e até retirar a celulite acumulada ao longo dos anos e tudo isso naquele imediato instante.



A prática regular de exercícios físicos é recomendada pela Organização Mundial da Saúde, mas a maioria das pessoas só lembra de controlar os excessos durante o verão. Nesta época, lotam as academias a fim de preparar o corpo e deixá-lo em forma para freqüentar as praias mais badaladas da estação.



INVERNO E O GANHO DE PESO



“As pessoas acreditam que em três meses podem perder tudo o que ganharam no Inverno e, muitas vezes, ao longo dos anos. Embora avisemos que tal não será possível, resolvem tentar”, explica Vanessa Antunes, professora de educação física.



O que é necessário e fundamental é que esta busca não se torne superficial e abusiva. A sociedade cobra beleza e magreza. Cabe a cada um cobrar de si próprio, além daquilo que lhe é imposto socialmente. Vale lembrar também que a prática exagerada de exercícios físicos pode ser prejudicial à saúde.



CULTO AO CORPO



Especialistas alertam para a preocupação demasiada com a estética. A escritora Ana Lúcia de Castro apresenta em seu livro ”Culto ao corpo e sociedade”, um estudo baseado sociologia e antropologia, sobre a verdadeira adoração pelas formas bem delineadas imperantes hoje, o que é bem detectado pela atração que exercem as academias sobre seus clientes, ávidos por um corpo torneado. O psiquiatra Carlos Tavares concorda com a visão da autora sobre a preocupação dos indivíduos com o corpo, principalmente no que concerne à fantasia que ele cria sobre si a figura almejada, muitas vezes imposta pela sociedade.




“Não podemos crer que existe um padrão a ser seguido. A moda, os gostos e, até mesmo, a cultura de um povo mudam com o passar do tempo. Há pouco mais de vinte anos, formas mais arredondadas e seios menores eram o padrão feminino, e os homens não queriam tantos músculos. Hoje seios fartos, cintura bem traçada e músculos em excesso estão em voga. Mas quem garante que daqui a vinte ou trinta anos não haverá uma nova revolução nos critérios de beleza? Cabe ao indivíduo lidar com suas imperfeições e tratá-las ou corrigi-las de forma consciente, sem exageros”.



PESQUISA



Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Juiz de Fora constatou que os índices de insatisfação com o corpo atingem 76% dos homens e 82% das mulheres. A mesma pesquisa afirma que cerca de 55,6% dos entrevistados apresentam algum tipo de distúrbio psicológico em grau reduzido, em virtude da obsessão pelo corpo perfeito.



O psiquiatra Carlos Tavares, responsável pela pesquisa, acredita que esses distúrbios comportamentais afetam principalmente aos jovens, naturalmente mais suscetíveis ao estereótipo de beleza difundido pela sociedade. “Casos como o da modelo Ana Carolina Reston, que morreu aos 21 anos, vítima de anorexia, só afirmam o quanto esta ditadura impõe um padrão de beleza quase inatingível. A imagem que a pessoa cria de si mesma costuma ser mais mental do que física. Cada vez mais jovens, e não apenas mulheres, enveredam por esta jornada insana de culto ao corpo, muitas vezes sem volta”, diz o psiquiatra.



FÓRMULAS MILAGROSAS





O uso de anfetaminas e outras fórmulas e dietas milagrosas causam controvérsias. A endocrinologista Maria Fernanda Bulhões alega que em casos específicos de obesidade, onde os pacientes apresentam alto índice de massa corpórea (IMC), as anfetaminas podem úteis no processo de emagrecimento. “As drogas para emagrecimento foram difundidas de forma errada entre a sociedade. Pessoas que não necessitam efetivamente de perda de peso imediata, utilizam estes medicamentos de forma desmedida.



Existem casos e casos, devemos saber separá-los adequadamente, considerando cada um dos fatores, desde o físico ao psicológico de cada um dos pacientes. Milagres não existem e esses medicamentos não funcionam sozinhos, devem ser associados a uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares”, aconselha.



BRASIL E A CIRURGIA PLÁSTICA



Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil é o segundo país em números de cirurgias plásticas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O barateamento destas intervenções, bem como a evolução das técnicas, possibilitaram que elas se popularizassem entre diversas camadas da sociedade. O cirurgião André Gonçalves Abrantes afirma que os avanços na medicina, especialmente no campo da estética, favoreceram a sociedade, que procura, cada vez mais, sentir-se bem com seu corpo.




“Obviamente, a idéia de que a cirurgia tornou-se algo banal não se fundamenta. Ainda há riscos e cada paciente tem suas especificidades, que devem ser analisadas no processo pré-cirúrgico. Existem casos de clientes que chegam ao consultório querendo o nariz ou os seios daquela atriz, sem considerar que seu biótipo pode não compatibilizar com o que ela almeja. Cabe ao cirurgião plástico conversar com o paciente para que juntos cheguem a um senso comum. Várias clientes já que desistiram da cirurgia após uma conversa”.



PLÁSTICAS SÃO MAIORIA EM MULHERES



Em 2004 a SBPC divulgou que a procura por cirurgias plásticas cresceu cerca de 30% naquele ano, sendo cerca de 60% estéticas e as demais reparadoras. As mulheres entre 35 e 50 anos correspondem a 88% dos pacientes. Segundo o Dr. Abrantes, os homens procuram cada vez mais por cirurgiões, mesmo que para intervenções menos abrasivas. “Medicamentos como o Viagra tornaram o homem mais feliz. Para conquistar parceiras, eles querem ter aparência mais jovial. Além disso, as mulheres estão mais exigentes. A maior presença masculina em clínicas e consultórios também se deve ao aspecto cada vez mais natural obtido pelas técnicas cirúrgicas”, afirma o cirurgião.








segunda-feira, 9 de abril de 2007

OLHAR MASCULINO

Rodrigo Perez
O tema “Traição” sempre é controverso, ainda mais quando se trata de discutir quem trai mais, o homem ou a mulher. As razões, circunstâncias ou consequências do adultério não despertam tanta polêmica quanto uma outra: Afinal, qual dos sexos é capaz de trair com mais facilidade?
Após a revolução sexual, as relações entre os sexos estão praticamente equilibradas. Tanto os homens quanto as mulheres podem ter vidas sexuais plenas sem grandes cobranças ou preconceitos, pelo menos nos grandes centros.
Porém, ainda resta um último comportamento tipicamente machista. Para a maioria das mulheres (e homens também) é o homem quem deve tomar a iniciativa para começar um relacionamento amoroso. Paradoxalmente, é essa a razão pela qual é mais fácil para uma mulher trair do que para um homem.
O candidato a adúltero deve realmente querer uma amante e correr atrás, enquanto para uma esposa insatisfeita trair, basta cair em tentação. A tomada de iniciativa sexual ainda é o que faz a diferença entre os sexos. E isso mostra que, em se tratando de sexo, continuam a existir antigos hábitos machistas – que são sustentados pela maioria das pessoas de ambos os sexos.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

ATRAIÇOAR; ENGANAR POR TRAIÇÃO; FALSEAR; SER INFIEL A; DENUNCIAR; REVELAR;NÃO CUMPRIR

"O marido é sempre o último a saber / Mulher que a dois ama, a ambos engana/ Cavalo peado também come / Homem não é pipoca, mas dá seus pulinhos/ Traição ignorada não é sentida/ Desconfiança de traição compromete a relação/ É melhor ser feliz do que saber a verdade/ Ama-se a traição, aborrece-se ao traidor "

Quem nunca passou por uma traição?
Diversos fatores levam a mulher a trair: o desgaste do relacionamento, solidão, problemas financeiros, dificuldade de ter com o parceiro o mesmo prazer que encontra em uma relação extraconjugal, baixa auto-estima e/ou sensação de insignificância.
Em relação à infidelidade a visão do homem e da mulher é muito diferente, pois o homem imagina que traiu quando leva outra para cama. Já a mulher, como é mais emotiva, sente que traiu quando se envolve afetivamente, mesmo sem nenhuma aproximação física. Na maioria das vezes, enquanto o homem procura sexo no relacionamento extraconjugal, a mulher parte em busca de romance, fantasias e sensualidade.
As mulheres sempre culpam os homens e estes, por sua vez, afirmam que elas também traem, mas são dissimuladas. Que há traição entre muitos casais, não se pode negar. Fica então a dúvida: quem trai mais? O homem ou a mulher?
Para a psicóloga Mariagrazia Marini, a maioria dos homens é infiel enquanto as mulheres levam o relacionamento mais a sério. Segundo uma pesquisa realizada por ela, 47% das mulheres e 60% dos homens são infiéis. Outros psiquiatras também chegaram a resultados semelhantes.
De modo geral, homens e mulheres enfrentam a traição de maneiras diferentes. Os homens alegam que traem por se sentirem atraídos sexualmente e porque as ocasiões lhes foram favoráveis. Poucas vezes têm a ver com amor ou envolvimento afetivo. Já as mulheres, citam decepção, desamor, falta de respeito e raiva do parceiro como as principais justificativas.
A maioria das traições ocorre nos primeiros quatro anos de casamento. E de acordo com as mesmas pesquisas, cerca de 30% dos traídos terminaram a relação. O resultado revela que a maioria absoluta de homens e mulheres procura esquecer o que passou.

Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Morais




Apesar das diferenças, a insatisfação sexual é um motivo comum a ambos. Pesquisas revelam que as mulheres gostariam que o sexo fosse mais prazeroso e reclamam que falta erotismo e imaginação ao parceiro. "E as mais jovens encaram como saída para quebrar a rotina. Elas também buscam mais amor. Traem quando se sentem sozinhas e quando acham que o parceiro não lhes dá valor”, acrescenta Marcia.

As mulheres demonstram maior sensibilidade e costumam sofrer mais ao serem traídas. “Elas ficam com a sensação de que estão a vivendo uma irrealidade. Podem até sofrer alguns mecanismos de despersonalização e de descontextualização – aquilo não lhes está a acontecer – e podem visualizar todo o seu mal-estar como qualquer coisa de exterior a eles próprios. Porque quando se ama confia-se e quando se confia não se está à espera de uma situação destas”, analisa a psicóloga.

Marcia explica que a falta de diálogo é um dos principais fatores que levam à infidelidade. “Quem trai transfere essa comunicação para uma terceira pessoa, usando-a como alicerce de uma relação que não vai bem, optando, aparentemente, por uma saída mais fácil. Excluem, por vários motivos, a possibilidade de crescer com o seu parceiro e passam a acreditar que só encontrarão o que precisam fora do casamento.”, completa.
Já passei por isso...

Fui traída e não perdoei

Carolina Fernandes* é uma jovem bonita, do tipo que chama atenção por onde passa. Namorou Rafael* por seis anos e assegura que sempre foi fiel a ele. Aliás, Carolina é do tipo de mulher que abomina infidelidade e não faria nada que fosse contra seus princípios:

- Sem essa de que o homem trai por tesão e a mulher por um motivo. Não acho justo você justificar um erro seu com um deslize do outro. – diz Carolina.

Porém, nem a mais correta das mulheres está livre dos deslizes alheios. Há cerca de dois meses, Carolina descobriu que seu amado Rafael a estava traindo com uma amiga. – Amiga não – retruca Carolina – isso não é atitude de amiga!

E mesmo com os pedidos de perdão, as flores, o carro de som e as juras de amor eterno, Carolina decidiu terminar o relacionamento: – Não conseguiria confiar nele nunca mais.


Fui traída e perdoei

Bruna Amorim* admite com orgulho que foi traída mais de uma vez: - O que os olhos não vêem, o coração não sente! Sou uma traída assumida – diz entre gargalhadas.

Poucas não as mulheres que assumem e aceitam que seus companheiros as traem tão tranqüilamente. Bruna diz que seu marido, com quem é casada há doze anos, costumava traí-la quando ainda eram namorados: - Ele me deixava em casa mais cedo e saía com os amigos. Como tínhamos amigos em comum, eu sempre sabia o que ele estava fazendo. E nem sempre ele se contentava com as cervejinhas.

Mas o que leva Bruna a perdoar as escapadas do marido? Ela assegura que ele a ama, e confia que, no final das noites, ele sempre voltará pra casa.

- Depois de doze anos sabendo que ele me trai, me acostumei com a situação. Eu acredito que ele me ama de verdade, e por isso aceito que ele seja infiel. Homens têm necessidades maiores que nós mulheres. E, afinal de contas, homem é produto em falta no mercado.


Já traí e não me arrependo

Juliana Rodrigues* namorou quatro anos com Fred* e durante esse tempo confessa que saiu com outros garotos:

- Traí mesmo, homens sempre traem, não tem jeito ou a gente age ou é traída. Juliana manteve um relacionamento com Pedro* ao mesmo tempo em que namorava Fred, e o “outro” sabia que ela tinha um oficial e aceitava.

Ela diz que não se arrepende de ter feito nada, não se sente culpada e nem se critica. Hoje ela ‘fica’ com dois ao mesmo tempo: - Não namoro porque eles não querem, e não pretendo abandonar caso um deles decida assumir o namoro.
* os nomes foram alterados para manter a privacidade dos entrevistados