segunda-feira, 18 de junho de 2007

AMOR SEM LIMITES

Não há idade para o sexo, homens e mulheres saudáveis podem se manter sexualmente ativos por toda a vida. Segundo os especialistas, o preconceito e a falta de informação atrapalham o desenvolvimento da sexualidade na terceira idade. Há mudanças físicas, sim, mas elas não são as responsáveis pelo fim da intimidade entre o casal. Segundo o sexólogo Marco Antônio de Vilhena, as principais barreiras são de caráter sociocultural, e surgem com a idéia de que o sexo é privilégio dos mais jovens e que não pode fazer parte da idade madura.



http://www.serasa.com.br/guiaidoso/75.htm



A função sexual envolve processos biológicos básicos que se iniciam desde a infância, prosseguem na maturidade e continuam por toda a vida, variando de acordo com valores culturais, conceitos de masculinidade e de feminilidade e tabus sobre comportamento sexual. Aspectos psicológicos e emocionais também afetam de maneira acentuada o comportamento sexual dos indivíduos.

Para algumas mulheres, a menopausa é um período de problemas psicológicos em que o fato de não poder mais gerar filhos propicia sentimento de desvalorização pessoal. Outras mulheres, entretanto, descobrem a sensação de liberdade nesta fase. Já os homens não sofrem com a diminuição da fertilidade tão bruscamente, visto que alguns deles têm filhos depois dos setenta, oitenta anos. Mas o homem pode experimentar crises emocionais que se refletem no seu vigor sexual. O homem idoso não perde a sua função sexual, a idéia de uma terceira idade assexuada é um mito.

Com o avanço da idade há uma tendência à diminuição na freqüência das relações sexuais. Segundo a ginecologista Adriana Kano, após a menopausa a mulher pode apresentar problemas sexuais, como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual. “ Esses distúrbio podem ser corrigidos ou amenizados com o uso de medicação apropriada”, explica a médica. Ela afirma, também, que o homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas na grande maioria das vezes a impotência se deve a fatores emocionais. A utilização de determinados medicamentos, como anti-hipertensivos, tranqüilizantes, álcool e fumo também podem diminuir a potência sexual.


http://static.flickr.com/28/61571415_e7cb13f7e6.jpg

Os aspectos psicológicos decorrentes de alguma doença são aspectos que também levam à impotência. A velhice pode constituir por si só uma causa da impotência e pode gerar depressão, ansiedade e angústia. A impotência atinge profundamente o homem gerando baixa auto-estima e infelicidade. Toda situação de impotência deve ser avaliada clinicamente, com destaque para aspectos circulatórios e urológicos. Os cuidados psicológicos são fundamentais e devem estar sempre presentes.

Tanto o homem quanto a mulher continuam a apreciar as relações sexuais durante a terceira idade.As alterações que ocorrem na mulher, como a secura da vagina, ou no homem, como a diminuição no tempo de ereção ou a diminuição da fase de excitação para ambos, não são fatores que chegam a prejudicar o prazer sexual. O prazer sexual é determinado principalmente por uma boa adaptação sexual. A atividade sexual em qualquer idade é demonstração de um estado de boa saúde tanto física como mental. É claro que as necessidades sexuais do idoso são diferentes das do jovem, pois as pessoas mais velhas vivem outro momento da vida, prezam mais a intimidade com seu companheiro ou companheira do que, por exemplo, a freqüência das relações sexuais.

O sexo entre pessoas mais velhas é muito natural e importantíssimo para manter a qualidade de vida. Não há contra-indicações. “Além da satisfação física, o sexo na terceira idade reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa é valiosa para a outra. O sexo é acompanhado de valores muito importantes para o idoso, como a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho e o amor”, afirma a Drª Adriana.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Estou grávida. E agora?




Menstruação atrasada, ausente ou diferente? É... você pode estar grávida.



foto: Gerusa Lima





Diante de um exame positivo, insegurança e dúvidas são muito comuns, principalmente se tratando de uma gravidez inesperada. O organismo da mulher passa por nove meses de inúmeras modificações físicas e psicológicas, e por isso, ela deve se preparar para essas mudanças.



Sentimentos de dúvidas, medos, anseios e de felicidade são as palavras-chaves do que acontece com a mulher assim que ela confirma sua gravidez. E se for a primeira então, tudo isso vem em dobro. Afinal, o instinto de mãe da mulher é aflorado desde muito cedo, quando ela ainda brinca de bonecas, de casinha e vai construindo para si um mundo em que pensa viver um dia. De repente, ver que todo aquele sonho está se tornando real, faz com que mulheres do mundo inteiro se confundam com as novas sensações e acabem encarando a primeira gravidez como uma situação que mescla momentos de tensão e euforia.




Porém, não há nada mais normal do que estas oscilações de humor. O início de uma gestação pode trazer situações diferenciadas para cada mulher, mas ficar sensível e se emocionar com facilidade são características marcantes de uma gestante inicial. Segundo a obstetra Bárbara Rezende, é importante que a paciente e o médico estabeleçam uma relação de confiança durante este período para que todos se sintam seguros e confortáveis com as novas mudanças que estão acontecendo.



Ainda que a gravidez seja considerada um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher, quando ela não é planejada e se está solteira o quadro pode se modificar. Foi o caso de Juliana Alvim que engravidou aos 22 anos, quando concluía a faculdade de Farmácia. “Eu vivia um momento de crise, pois estava terminando minha faculdade e meu único foco era minha carreira. Esperava uma contratação na empresa em que estagiava e de repente descobri que tinha engravidado do meu namorado. Foi um pesadelo”, conta ela. Juliana concluiu a universidade e teve de abandonar o estágio. Teve o apoio da família e hoje, o que para ela era um pesadelo, se tornou um sonho. “O filho Guilherme, de dois anos, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida”, diz “Quando somos mães temos que abrir mão de muita coisa. Minha mãe sempre me disse isso, mas fui inconseqüente e hoje pago por isso”.



E por falar em mudanças, qual mulher não se preocupa com as transformações que seu corpo terá durante os próximos nove meses? “Todos os dias eu me olhava no espelho e achava que estava diferente de ontem. Parece que sempre que eu me via, encontrava uma coisa nova”, diz a arquiteta Nara Silva, mãe do pequeno Gabriel, de 8 meses. E ela não está errada. Embora as transformações sejam pequenas nos primeiros três meses de gestação, já é possível perceber um volume maior nas mamas e uma lubrificação vaginal mais acentuada. Entre a 20ª e 24ª semana de gestação outras mudanças começam a acontecer na vida da mulher. Isso porque, neste período, quase sempre já se pode descobrir o sexo da criança e também é quando a mamãe começa a sentir ela se mexer. Náuseas e desejos de comer doce também são sensações extremamente comuns à grávida, já que nestes nove meses os hormônios femininos trabalham a mil.



Segundo Bárbara, a mulher só deve realmente se preocupar quando sentir dores muito fortes na barriga e quando houver sangramento. “Às vezes o sangramento é um sinal de alerta e nem há nada de muito complicado a ser resolvido. Mas sempre que ele aparecer, o médico deverá ser avisado imediatamente”, diz. Tendo todas estas considerações em vista, resta à futura mamãe curtir cada minuto deste momento mágico que é esperar um filho. Arrumar suas roupinhas, cuidar do visual, visitar o médico regularmente e contar com o imprescindível apoio da família, só tendem a fazer muito bem e tornar cada vez mais este conto de fadas em realidade. Cada gestação é um momento único na vida de uma mulher. Seja no primeiro, segundo ou terceiro filho. E nada melhor do que aproveitar de forma saudável e segura essa fase especial.



http://www.sopape.com.br/SPP%20SociedadeParaense%20de%20Pediatria_arquivos/gravidez.htm

terça-feira, 5 de junho de 2007

BICHO DE SETE CABEÇAS






Nervos à flor da pele, ansiedade, sensibilidade ao toque ou ruído mais sutis e vontade de chorar por qualquer coisa. Pois é, quando os primeiros sintomas da temida tensão pré-menstrual (TPM) começam, as mulheres vão às raias da loucura. Também chamada de desordem disfórica pré-menstrual, a TPM atinge cerca de 75% das mulheres, sendo que apenas 8% apresentam os sintomas mais intensos.



Pensando nesse filão, o laboratório Bayer Schering Ag, criou a pílula anticoncepcional YAZ, com baixa dose hormonal e grande eficácia no combate a TPM. A nova pílula contém Drospirenona, uma substância que equilibra os efeitos dos estrogênios de forma semelhante à progesterona, hormônio naturalmente produzido pela mulher. O contraceptivo também promete auxiliar na manutenção do peso, reduzir o inchaço das mamas e melhorar a pele (principalmente na acne) e os cabelos.



A pesquisa desenvolvida pelo laboratório atestou que 48% das pacientes tiveram os sintomas da TPM reduzidos. A auxiliar administrativa, Letícia Amorim, está ansiosa pelo lançamento da pílula no mercado brasileiro. "Independentemente da expectativa de valor beirar o R$50, eu não me importo. Pago o preço que for pra me livrar desse desconforto que a TPM causa".



Ficou entusiasmada? A ginecologista, Drª Leila Adesse, acredita que a pílula pode sim favorecer as mulheres que sofrem com os sintomas da TPM. "Hoje em dia, as mulheres já podem contar com um arsenal de medicamentos que antes não existiam. Desde um analgésico comum, aos antiespasmódicos ou às pílulas com dosagens diferenciadas de hormônio. É um grande avanço comparado à situação em que suas mães e avós viviam, quando a TPM era tida como frescura de mulher", diz a médica.


Enquanto isso, a ginecologista e obstetra, Drª Carla Paschoal prevê o novo contraceptivo tem suas ressalvas. "Não se pode esperar que um anticoncepcional resolva milagrosamente os desconfortos da TPM. É fundamental que a paciente tenha um estilo de vida consciente, sem excessos. Afinal de contas, o mal-estar que antecede os dias de menstruação é também um reflexo das atitudes que tomamos nos outros dias do mês". A Drª Carla diz que a TPM não deve ser caracterizada como doença grave e que uma dieta regular, rica em cálcio e pobre em gorduras, açúcar, cafeína e sal; não fumar e a prática regular de exercícios físicos auxiliam na prevenção e tratamento da TPM.


Caracterizada a TPM, a mulher deve ficar atenta e não permitir que ela interfira em sua vida. Caso isso aconteça, é sinal de que cuidados redobrados devem ser tomados, e que um especialista deve ser procurado. Afinal de contas, a menstruação deve vir todos os meses, a TPM não.




* * *



A TPM é uma disfunção hormonal, caracterizada pela queda considerável do hormônio progesterona na quarta semana do ciclo menstrual, que pode causar variações no comportamento da mulher. A medicina diagnostica a TPM quando a mulher apresenta um sintoma físico e um emocional durante três ciclos consecutivos. Entre os 45 e os 50 anos, quando a menopausa se aproxima, com a interrupção da menstruação, os sintomas da TPM costumam ser mais intensos.




Sintomas físicos - fadiga, dor de cabeça, inchaço dos pés e das mãos, dor nas mamas, distensão abdominal, cólicas, alteração do apetite, alteração de sono, dor nas articulações e nos músculos.

Sintomas emocionais - irritabilidade, depressão ou desespero, ansiedade e tensão, tristeza repentina, choro, raiva e fúria, oscilações súbitas de humor, dificuldade de concentração, baixa auto-estima, desinteresse nas atividades habituais e falta de energia.



segunda-feira, 28 de maio de 2007

SÓ PARA MULHERES!

Se, ao longo dos anos, as mulheres foram à luta pela igualdade entre os sexos, isso não impediu que levantassem uma bandeira também pelos espaço privilegiados para o público feminino. Uma contradição?


A variedade de espaços exclusivos para o público feminino cresce a cada dia, nas academias, nos meios de transporte e até nas sex shops....


As academias só para mulheres, por exemplo, representam um setor em expansão. Com equipamentos desenvolvidos especialmente para elas, onde até os profissionais são do sexo feminino, atinge a marca de 8 mil unidades espalhadas por 17 países do planeta, contatando com mais 4 milhões de sócias nos Estados Unidos, Canadá, Europa, América do Sul, Caribe, México, Austrália e Nova Zelândia, segundo a academia Curves.







As freqüentadoras se dizem satisfeitas, ponderando que numa academia convencional não se sentam à vontade, pois a concorrência é muito grande, várias alunas passam mais de duas horas malhando e se incomodam com os olhares dos homens. “Eu acordo super cedo, coloco qualquer roupa que tenho para malhar, não quero ir linda para academia, quero é que o resultado me deixe uma princesa”, confessa Ana Paula Freitas, aluna da Curves, em Copacabana.



A estudante de medicina Jaqueline Avelino, de 24 anos, que freqüenta uma “academia feminina” na Tijuca, concorda. “Nas academias normais, sempre tem algum homem reparando em você. Sem contar o exibicionismo. Aqui, são só 30 minutos de aula, nem dá tempo para bater papo e reparar em ninguém”, observa.

Segundo a revista americana Entrepreneur, a franquia de academias restritas ao público feminino é que mais cresce no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe uma para cada dois McDonald's. A informação já entrou no Livro dos recordes como “A maior franquia de fitness do mundo”.



Também no transporte, as mulheres contam com espaços especiais. No Rio de Janeiro, há uma lei que determina que de manhã e à noite, trens e metrô devem destinar um vagão só às mulheres, devido a inúmeras reclamações de abusos cometidos pelos homens. Todos os dias 400 mil pessoas viajam nos trens da Central do Brasil e 500 mil usam o metrô. Nas horas de maior movimento, empurra-empurra, vagões lotados e muita gente em pé, as mulheres, que representam 49% dos passageiros, passam por situações difíceis.

Foi pensando em dar mais conforto e tranqüilidade para as passageiras que a Assembléia Legislativa do Rio aprovou projeto de lei do deputado Jorge Picciani (PMDB) que obriga as concessionárias de trens e metrô a criarem o vagão especial. As que quiserem vão poder continuar a viajar nos vagões mistos “Mais que nos proteger de roçadas indesejadas, estes vagões acabaram por dar um pouco de poder às mulheres. Pelo menos ali, no trem, conseguimos exercer nosso direito”, diz a secretária Ana Luiza Silva, que pega o trem na Central do Brasil, todos os dias às 6 da tarde.



segunda-feira, 7 de maio de 2007

MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

- O 8 de março foi reconhecido pela Unesco como Dia Internacional da Mulher em 1977.
Uma das versões para a origem da data é a da morte, em 1857, de 129 operárias,
queimadas durante manifestação por melhores condições de trabalho, em Nova York



janelanaweb.com



A inserção das mulheres no mercado de trabalho tem aumentado. Pesquisas revelam que, enquanto na década de 70 elas correspondiam a 18% da força de trabalho, hoje já preenchem quase 50% das vagas. As estatísticas refletem as conquistas feministas dos anos 60 a 80, quando as mulheres pleiteavam igualdade de direitos entre os sexos.



Mas as pesquisas pouco revelam sobre as mulheres que desenvolvem a famosa dupla jornada de trabalho: família e profissão. Conciliar cuidados com os filhos, casa, trabalho e vida pessoal é uma atividade muito estressante, especialmente por conta das cobranças da sociedade e do acúmulo de tarefas. O antropólogo Vitor Grunvald argumenta que as políticas de trabalho desenvolvidas para mulheres que têm essas duas obrigações (especialmente no Brasil), não correspondem ao esperado: “Durante o movimento feminista, as mulheres buscavam direitos iguais aos dos homens e acabaram relegando o núcleo familiar a um segundo plano”. Uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas confirmou que as mulheres que trabalham fora dedicam, em média, 28 horas semanais às tarefas domésticas, e os homens 10 horas.




O Gender Gap Index 2006, pesquisa realizada pelo World Economic Forum em 115 países, atestou as disparidades entre homens e mulheres em quatro categorias: saúde, educação, oportunidades econômicas e participação política. Nessa pesquisa o Brasil está na 67ª posição do ranking geral. No concernente à saúde, que considera a expectativa de vida, o Brasil divide a primeira posição com outros doze países. A participação política (mulheres que ocupam cargos parlamentares, ministeriais e de chefe de Estado), deixou o Brasil em 86º. No que diz respeito à educação, ocupa o 72º lugar, em virtude do baixo ingresso de mulheres no ensino primário. Em relação às oportunidades econômicas, está na 63ª posição. Avaliando apenas os salários de homens e mulheres na mesma função o país fica ainda pior, em 98º.




De acordo com Betânia Tanure, pesquisadora da Fundação Dom Cabral (FDC), o modelo de exercício de poder no Brasil ainda é masculino. As mulheres entram no mercado de trabalho de maneira cada vez mais significativa em funções gerenciais, mas sentem uma espécie de teto de vidro que separa a facilidade do ingresso no mercado da dificuldade de ascensão na carreira. "Todas as empresas têm um discurso politicamente correto, afirmam que as mulheres estão avançando muito, que há dez anos não havia o percentual que há hoje, e é verdade. Mas avançar não significa que o preconceito tenha acabado. Ainda existe, sim, uma diferença significativa. Além disso, quanto mais se avança na linha hierárquica, menor é o número de mulheres", avalia.




Entre as executivas ouvidas pela Fundação Dom Cabral, 55% disseram ter sofrido preconceito pelo fato de serem mulheres e afirmaram que têm de ser mais competentes do que os homens para serem escolhidas. Sobre salários, a pesquisadora da FDC atribui parte da diferença ao estilo feminino. Betânia cita o livro "Women Don't Ask: Negotiation and the Gender Divide" (Princeton University Press, ainda não publicado no Brasil), da norte-americana Linda Babcock, que revela que as mulheres negociam menos seus próprios salários do que os homens e, quando decidem negociar, "fixam metas em média 15% menores".





Adriana Ferreira, Diretora de Tecnologia da Informação da Companhia Vale do Rio Doce, se diz acostumada com a situação em que vive: “Era a única mulher em uma turma de 40 pessoas, sou diretora em uma empresa superlativa em um ramo onde homens predominam. Não haveria outra opção a não ser me adaptar”. Adriana concilia as obrigações do trabalho de uma super-executiva ao cuidados de mãe. Com um filho de três anos, ela engrossa o coro das mulheres que buscam desenvolver as duas atividades com perfeição: “Meu trabalho requer grande envolvimento e boa parte do meu tempo, mas tento ajustar minha agenda e busco participar ativamente da vida de meu filho”.




A trocadora de ônibus Carolina Chouin também se vê dividida entre as responsabilidades que a vida lhe impõe: “Saio de casa às 8h da manhã, trabalho até as 18h, estudo à noite e, quando chego em casa, tenho que me preocupar com a roupa que ficou pra lavar, os trabalhos de escola de minha filha e tudo mais que tiver em casa pra fazer. Mas não reclamo. O trabalho é fundamental para minha sobrevivência e de minha família”.




Mesmo com a dificuldade em harmonizar seus compromissos, as mulheres são categóricas ao afirmar que o trabalho é a ferramenta que proporciona estabilidade financeira para suas famílias, logo, é compreensível que ocupe grande espaço em suas vidas. Essa participação no mercado lhes proporciona satisfação e lhes abre novas perspectivas para continuarem buscando oportunidades melhores no mercado através de estudos de qualificação e especialização. É a figura da Amélia desaparecendo e dando lugar à da super mulher, que busca melhor qualidade de vida, de liberdade, sempre visando à transformação e ao exercício de seus direitos, na construção de uma nova trajetória.

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